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(I'm back)



Ao chegar em casa a tia Olivia encontrava-se a pôr a mesa. Esfregando os talheres numa toalha, a sua concentração foi dissolvida pela minha presença.
- Céus, Maximme!!! O que aconteceu? Não me lembro de terem previsto chuva para hoje, e pelo que sinto hoje está muito sol para chover.
- Tia, está tudo bem. Por isso mesmo fui jogar aos balões de água com Gus…
- Gustav?! Não te disse centenas de vezes que não quero que andes com aquele rapaz aí. Ele anda na boca do povo por ser travesso e…
- Tia, tia, está tudo bem, somos amigos e sei o que faço… - acalmei-a erguendo as minhas mãos à ela.
- Vai tomar um duche e vem ajudar-me a pôr a mesa, em quinze minutos chegam os teus tios.
- Tudo bem. – e acelerei para a casa de banho do fundo do corredor quase escorregando com os meus ténis molhados.
            A tia Olivia é irmã da minha mãe, anda ultimamente muito nervosa por causa da degradação da sua condição física. Era uma jovem bastante rebelde no passado e divertia-se à brava com as suas amigas. Levava a vida como uma festa, dispensando muito pouco tempo para os seus estudos. Acabou por se tornar uma dona de casa, vivendo do dinheiro que os seus dois irmãos recebiam. De vez em quando vendia antiguidades da sua juventude o que disponibilizava um dinheirinho próprio para os seus cremes anti-rugas e tinta para cobrir o seu cabelo esbranquiçado. Mas nada podia fazer em relação à sua crise psicológica, encontrava-se entre a sua mente indomada e a mente sensível. Ela nunca teve filhos pelo que cuidou de mim como uma filha depois que os meus pais faleceram.
            A forte corrente de água que saía do chuveiro percorreu o meu corpo todo enquanto reflectia no passado, presente… e futuro. O que faria depois? Acabaria por ficar como a minha tia, porém sem a companhia dos irmãos trabalhadores? Sempre segui o conceito de viver o presente, independentemente do futuro. O que tiver de ser será. Eram as palavras da minha tia, à treze anos atrás. Lembro-me perfeitamente, estava fascinada pela dramática dessa afirmação e marcou-me como ferro quente.
            Meus pensamentos foram cortados quando dei conta do tempo que estivera no banho. Tia Olivia berrava em plenos pulmões para que saísse do banho. Embrulhei-me na toalha como uma múmia e marchei para o meu quarto. Vesti-me rapidamente e fui para a cozinha e de novo lá estava a tia aos berros…
- Rapariga olha para ti! Estás a escorrer água pelos cabelos a molhar o meu chão de madeira! Não viste a toalha pendurada na porta? – rolei os olhos, era a mesma toalha em que me embrulhei. Para evitar mais conflitos rodei os calcanhares e fui à casa de banho enrolar o meu cabelo longo na toalha em turbante. À mesma altura a campainha tocou, e fui abri-la para receber os meus tios.
- Olá Maxie.
            Oh, não… De cabelos cacheados e a sua roupinha de marca, lá estava Amanda bem apresentada na moldura da minha porta.
- O…lá…? – sabia ela de algo?

1 comentários:

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thanks for sharing and good job

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